15/09/2010
Deputado Rodrigo Maia
A Tragédia da VARIG/AERUS

Aposentados, trabalhadores e pensionistas de uma das empresas mais respeitadas do país, que ajudaram a construir a história da aviação brasileira, dependem agora de seus familiares e amigos. Até hoje, os demitidos da Varig não receberam seus direitos trabalhistas, nem o que contribuíram durante toda a vida para o Aerus, o fundo de pensão dos profissionais da aviação civil.

E os aposentados, a maioria em idade bastante avançada, encontram-se em situação desesperadora, pois desde a intervenção da SPC (Secretaria da Previdência Complementar) no Aerus, em abril de 2006, tiveram seus proventos reduzidos a 8% do que lhes é devido. O caso da Varig/Aerus mostra uma completa falha na gestão de um plano de previdência.

O deputado Rodrigo Maia reitera mais uma vez a sua preocupação com o que ocorreu com os aposentados da Varig e faz um alerta aos participantes de todos os Fundos de Pensão, pois, a ingerência, a incompetência e a manipulação política do governo federal sobre os investimentos feitos por estes Fundos, pode resultar numa gestão temerária e no risco de ameaça ao futuro de milhares de pessoas.ao depoimento de Rodrigo Maia que está sendo veiculado em sua campanha e divulgue aos amigos.

Assista ao depoimento de Rodrigo Maia que está sendo veiculado em sua campanha e divulgue aos amigos.

Um problema tão grave como este não pode ser esquecido.


Jornal Zero Hora - 27/09/2009
UMA CARREIRA PARA DECOLAR
Mercado nas alturas
Quantidade de profissionais capacitados não acompanha o crescimento do tráfego aéreo no país. O apagão de pilotos levou a Anac a custear aulas práticas em diferentes regiões.

Pilotos e outras profissões relacionadas à aviação podem garantir o seu embarque no mercado de trabalho. O tráfego aéreo de passageiros cresceu 6,5% apenas no primeiro semestre deste ano ante o mesmo período de 2008, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), abrindo portas para muitas vagas.

Atualmente, são mais de 12 mil aeronaves – incluindo aviões e helicópteros civis de todas as categorias – responsáveis por transportar mais de 50 milhões de pessoas por ano no país. Mas na contramão do crescimento, faltam profissionais qualificados dispostos a seguir carreira, em terra e no ar, apontam especialistas do setor.

– Há carência principalmente de pilotos com experiência. Muitos, após a paralisação das atividades da Vasp, Transbrasil, Varig, Rio Sul, Nordeste e BRA, optaram por trabalhar no Exterior, onde salários e benefícios são mais atrativos – explica Graziella Baggio, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas.

Juliano Noman, superintendente de Serviços Aéreos da Anac, discorda. Para ele, o problema não é a falta de mão de obra, mas a dificuldade de formar gente em um curto prazo.

– Temos profissionais suficientes. Mas precisamos treinar pessoas para suportar o crescimento que esperamos para os próximos anos – pondera o superintendente.

De acordo com Noman, é possível formar técnicos entre 12 meses e 18 meses. Porém, fazer com que a carreira decole no setor da aviação nem sempre é tarefa fácil de ser executada. Os cursos são caros para todos os cargos, argumenta Graziella:

– O investimento no aprendizado é alto. E os salários não atraem mais.

Investimento na formação é expressivo

Luiz Augusto Jaborandy, 23 anos, confirma que o retorno do alto investimento para começar a carreira muitas vezes só começa a aparecer a partir do terceiro ano de profissão, como estimam também os especialistas. Em 2007, acompanhando o pai, piloto militar em viagem aos Estados Unidos, conquistou as habilitações americanas de piloto privado, privado de helicóptero, voo por instrumento, comercial (de linhas áreas e táxi aéreo) e bimotor.

– É um diferencial para a carreira. O inglês é valorizado, principalmente a linguagem técnica. Sem contar a experiência adquirida em aviões cuja tecnologia é muitas vezes superior à nossa – avalia Jaborandy

De volta a Brasília há seis meses, o estudante do curso superior de aviação civil comemora a aprovação da experiência pela Anac. Isso porque, para validar a formação americana no Brasil, ele passou por provas teóricas e práticas elaboradas pelo órgão.